Wednesday, October 19, 2011

ALVES-LAZARO GOLD GROUP

ALVES-LAZARO GOLD GROUP is made up of a group of commercial and service companies that have joined together for the purpose of developing commercial activities and rendering of services through mutual co-operation with the objective of fomenting, supporting and developing the growth and economy of companies that belong to the group and the local partners. Currently the companies that belong to ALVES-LAZARO GOLD GROUP are: Alves Lazaro Import Export, LLC, Home Made Meat Skwer, LLC, Gold Vine - Winemakers, LLC, Moreira Alves Advogados Associados.

Wednesday, June 15, 2011

ALVES-LAZARO GOLD GROUP

ALVES-LAZARO GOLD GROUP is made up of a group of commercial and service companies that have joined together for the purpose of developing commercial activities and rendering of services through mutual co-operation with the objective of fomenting, supporting and developing the growth and economy of companies that belong to the group and the local partners. Currently the companies that belong to ALVES-LAZARO GOLD GROUP are: Alves Lazaro Import Export, LLC, Home Made Meat Skwer, LLC, Gold Vine - Winemakers, LLC, Moreira Alves Advogados Associados.

Wednesday, May 18, 2011

O BRASIL NA II GUERRA POR ANNA PAULA MOREIRA ALVES

Desde o início da Segunda Guerra Mundial, a ideologia do Estado Novo, implantado por Getúlio Vargas, apontava para um provável alinhamento do Brasil com os países do Pacto de Aço - Alemanha e Itália. Em 1937 Vargas havia instalado no País uma ditadura, apoiada em uma Constituição centralizadora e autoritária, que guardava muitos pontos em comum com as ditaduras fascista. A própria declaração de Vargas ao comentar a invasão da Polônia pelo exército nazista, em 1° de setembro de 1939, revelava certa simpatia pelo nazismo ao prever um futuro melhor: "Marchamos para um futuro diverso de tudo quanto conhecemos em matéria de organização econômica, política e social. Passou a época dos liberalismos imprevidentes, das demagogias estéreis, dos personalismos inúteis e semeadores da desordem". Repressão: esta era a ordem política no Brasil na época da Segunda Guerra. O Estado Novo, decretado em 10 de novembro de 1937, fechou o Congresso, impôs a censura à imprensa, prendeu líderes políticos e sindicais e colocou interventores nos governo estaduais. Com um estilo populista, Getúlio Vargas montou um poderoso esquema de propaganda pessoal ao criar o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), claramente inspirado no aparelho nazista de propaganda idealizado por Joseph Goebbels. A Hora do Brasil, introduzida nas rádios brasileiras e chamada ironicamente pela intelectualidade de "Fala Sozinho", mostrava os feitos do governo, escondendo a repressão política praticada contra uma sociedade pouco organizada na época. Vargas criou o salário mínimo e instituiu a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entre outros benefícios sociais, o que o levou a ser aclamado como "pai dos pobres" pela população de baixa renda.
Em 1940, um ano após eclodir na Europa, a guerra ainda não ameaçava diretamente o Brasil. A ideologia nazista, contudo, fascinava os homens que operavam o Estado Novo a tal ponto que Francisco Campos, o autor da Constituição de 1937, chegou a propor à embaixada alemã no Brasil a realização de uma "exposição anticomintern", com a qual pretendia demonstrar a falência do modelo político comunista. Mais tarde, o chefe da polícia (um órgão de atuação similar à da Polícia Federal de hoje), Filinto Muller, enviou policiais brasileiros para um "estágio" na Gestapo. Góes Monteiro, o chefe do Estado Maior do Exército, foi mais longe. Participou de manobras do exército alemão e ameaçou romper com a Inglaterra quando os britânicos apreenderam o navio Siqueira Campos, que trazia ao Brasil armas compradas dos alemães.
Entre setembro de 1939, quando começou a Segunda Guerra Mundial, e agosto de 1942, quando o Brasil declarou guerra aos países do Eixo e se uniu definitivamente às forças aliadas, muita coisa aconteceu no país. Nessa época, as relações do Brasil com os Estados Unidos foram pautadas pela negociação do alinhamento brasileiro. Tratou-se do fornecimento de materiais estratégicos aos Estados Unidos e da permissão para o estacionamento de tropas norte-americanas nas bases do Nordeste; como contrapartida, o governo brasileiro reivindicava financiamento para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e o reequipamento e modernização das Forças Armadas. Antes que os termos do alinhamento fossem finalmente acertados, entretanto, o país já sofria os efeitos do conflito mundial. O Brasil ainda não estava em guerra, mas a guerra certamente já havia chegado ao Brasil. Ao se iniciar a guerra na Europa, as relações internacionais do Brasil caracterizavam-se por uma política de eqüidistância pragmática que consistia, basicamente, na aproximação simultânea com os Estados Unidos e a Alemanha. Entretanto, diante da evolução do conflito europeu e do esgotamento de seus recursos de barganha, o Brasil tornou-se cada dia mais comprometido com os preparativos norte-americanos para a entrada na guerra ao lado dos Aliados. Através das conferências interamericanas, o governo norte-americano vinha procurando garantir para si, na hipótese de generalização do conflito, o apoio do conjunto dos países latino-americanos. Inicialmente, na conferência do Panamá (1939), foi declarada a neutralidade das repúblicas americanas diante da guerra na Europa. A seguir, em Havana (1940), foi afirmada a solidariedade continental em face de uma agressão externa a qualquer país do continente. Visando especificamente ao apoio brasileiro, o presidente Roosevelt favoreceu a ida aos Estados Unidos da Missão Aranha e a assinatura de uma série de acordos, que previam a concessão de créditos ao Brasil em troca do compromisso do governo brasileiro de regularizar o pagamento das dívidas e das remessas de lucros. Além disso, Washington iniciou ferrenha batalha contra a forte presença germânica no continente latino-americano em geral, e no Brasil em particular, através de uma ofensiva político-ideológica sem precedentes na história das suas relações. Na expressão cunhada pelo historiador Gerson Moura, era o Tio Sam que chegava ao Brasil para fazer frente ao fantasma do Eixo. Até que o alinhamento do Brasil aos Estados Unidos se consolidasse, entretanto, Vargas procurou obter financiamento para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional, assim como para o reequipamento e modernização das Forças Armadas. Os Estados Unidos, por seu lado, reivindicavam permissão para o estacionamento de tropas norte-americana bases do Nordeste e o fornecimento de materiais estratégicos. Esse processo de negociação do alinhamento chegou ao fim com a entrada dos Estados Unidos na guerra após o ataque japonês à base norte-americana de Pearl Harbor, em dezembro de 1941. A partir de então, e tendo em vista os compromissos assumidos pelo Brasil desde a Conferência de Havana, tornou-se inevitável o rompimento de relações diplomáticas do Brasil com os países do Eixo. O rompimento foi declarado por ocasião da Reunião de Chanceleres do Rio de Janeiro, em janeiro de 1942. O preço dessa decisão não tardou a ser cobrado, com o afundamento de navios mercantes na costa brasileira. A partir daí, com a população enfrentando as restrições impostas pelo cotidiano da guerra, iniciou-se forte mobilização civil e militar mobilização civil e militar contra o Eixo. Mas apesar desse movimento crescente em direção ao alinhamento do Brasil aos Estados Unidos, as vitórias dos alemães na Europa e na África continuaram a exercer forte influência sobre as Forças Armadas, o que levou "aliadófilos" e "germanófilos" a se entrechocar por mais algum tempo dentro do governo brasileiro. Finalmente, em agosto de 1942, iria começar a história do Brasil na guerra.
A partir da entrada do Brasil na Segunda Guerra, o povo brasileiro passou a experimentar efetivamente as agruras de um país em guerra. As famílias brasileiras não sofreram menos do que as famílias européias com as imensuráveis dores pelas perdas de seus filhos, irmãos, netos, sobrinhos e amigos. As conseqüências, as seqüelas daqueles momentos aterrorizantes estão até hoje presentes nas famílias brasileiras, mesmo havendo passados 61 anos do término da mais cruenta guerra que a humanidade já vivenciou, os seus horrores e medos ainda nos assombram. Cidades inteiras em constante estado de alerta, a população transitando armada, era comum crianças e mulheres entre armas e carros militares, racionamento forçado de alimentos e água potável, o pavor das noites escuras e silenciosas, pessoas as cidades convivendo sob constantes ameaças da invasão dos inimigos, entretanto, os nossos heróis não esmoreceram, estavam lá em toda a costa brasileira com a mais importante missão de todas suas vidas, guardar nossas casas, nossas famílias, nossas cidades, o nosso país, dispostos a matarem e morrerem pelo seu povo, pelo povo brasileiro. Tantos outros partiram à Europa para defenderem a nossa liberdade, muitos tombaram. Hoje a melhor forma de o povo brasileiro prestar a estes heróis que tiveram suas vidas ceifadas nos campos de batalhas da Itália e nas costas brasileiras, lutando e defendendo o seu povo, o ideal maior de liberdade é dar assistência aos que ainda vivem e aos seus familiares, pois gratidão é a única dívida que não prescreve.

CAUSAS POLÍTICAS II GUERRA MUNDIAL POR ANNA PAULA MOREIRA ALVES

A conjuntura externa caótica e a situação interna de desespero conduzem Hitler ao poder na Alemanha em 1933. Atuando implacavelmente, em menos de um ano sufocou todos os movimentos oposicionistas (social-democratas, comunistas e liberais) dando início à "Revolução Nacional-socialista" que tinha como objetivo fazer a Alemanha retornar ao grau de potência européia. Naturalmente que para tal era necessário romper com o tratado de Versalhes, pois este impedia a conquista do "espaço vital", como o rearmamento. Atenuava-se o desemprego e atendia-se necessidades da poderosa burguesia financeira e industrial da Alemanha. Para evitar a má vontade das potências ocidentais, Hitler coloca-se como campeão do anti-comunismo a nível mundial, assinando com o Japão (novembro de 1936) e com a Itália (janeiro de 1937) o Pacto Anti-Comintern - cujo fim é ampliar o isolamento da URSS e, quando for possível, atacá-la.
O Japão, que igualmente passa por convulsões internas graves, dá início em 1931, a uma política externa agressiva, explorando o enfraquecimento dos Impérios Coloniais europeus que se mostram impotentes para superar a crise econômica. Em 1937, após ter ocupado a rica região da Manchúria, invade o resto do território chinês, dando início ao longo conflito na Ásia. Seu expansionismo vai terminar por chocar-se com os interesses norte-americanos na Ásia (Filipinas) e levar à guerra contra os Estados Unidos.

CAUSAS ECONÔMICAS II GUERRA MUNDIAL CONT. POR ANNA PAULA MOREIRA ALVES

A crise econômica que se abate sobre o sistema capitalista mundial a partir de 1929, vai ser o fator mais poderoso para que um novo arranjo do poder em escala mundial seja pleiteado. A crise levou os países capitalistas a tomarem medidas protecionistas visando salvar os mercados internos das importações estrangeiras, ocorrendo uma verdadeira guerra tarifária. A produção mundial reduziu-se em 40%, sendo que a diminuição do ferro atingiu a 60%, a do aço 58%, a do petróleo 13% e a do carvão 29%. O desemprego grassou nos principais países industrializados: 11 milhões nos Estados Unidos, 6 milhões na Alemanha, 2 milhões e meio da Inglaterra e um número um pouco superior na França. Não está longe da verdade o fato ter provocado a aflição e o desemprego em mais de 70 milhões de pessoas (contando-se os seus dependentes). Como a economia já estava suficientemente internacionalizada (com exceção da URSS que se lançava nos Planos Qüinqüenais) todos os Continentes foram atingidos, aumentando ainda mais a miséria e o desemprego.
A América Latina, por exemplo, teve que reduzir em 40% suas importações e sofreu uma queda de 17% em suas exportações. É nesse contexto caótico que a Alemanha no Ocidente e o Japão no Oriente vão tentar explorar o debilitamento de seus rivais. Uma nova luta por mercados e novas fontes de matérias-primas levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.

II GUERRA MUNDIAL - UMA ABORDAGEM HISTÓRICA POR ANNA PAULA MOREIRA ALVES

A Segunda Guerra Mundial, iniciada setembro de 1939, foi a maior catástrofe provocada pelo homem em toda a sua longa história. Envolveu setenta e duas nações e foi travada em todos os continentes (direta ou indiretamente). O número de mortos superou os cinqüenta milhões havendo ainda uns vinte e oito milhões de mutilados. É difícil de calcular quantos outros milhões saíram do conflito vivos, mas completamente inutilizados devido aos traumatismos psíquicos a que foram submetidos (bombardeios aéreos, torturas, fome e medo permanente). Outra de suas características, talvez a mais brutal, foi a supressão da diferença entre aqueles que combatem no front e a população civil na retaguarda. Essa guerra foi total. Nenhum dos envolvidos selecionou seus objetivos militares excluindo os civis.
Atacar a retaguarda do inimigo, suas cidades, suas indústrias, suas mulheres, crianças e velhos passou a fazer parte daquilo que os estrategistas eufemisticamente classificavam como "guerra psicológica" ou "guerra de desgaste". Naturalmente que a evolução da aviação e das armas autopropulsadas permitiu-lhes que a antiga separação entre linha de frente e retaguarda fosse suprimida.
Se a Primeira Guerra Mundial provocou um custo de 208 bilhões de dólares. Esta atingiu a impressionante cifra de 1 trilhão e 500 bilhões de dólares, quantia que, se investida no combate da miséria humana a teria suprimido da face da terra. Aproximadamente 110 milhões de homens e mulheres foram mobilizados, dos quais apenas 30% não sofreram morte ou ferimento.
Como em nenhuma outra, o engenho humano foi mobilizado integralmente para criar instrumentos cada vez mais mortíferos, sendo empregados à bomba de fósforo, a napalm e finalmente a bomba política de genocídio em massa, construindo-se campos especiais para tal fim. Com bem disse o historiador R.A.C. Parker: "O conceito que a humanidade tinha de si mesmo, nunca voltará a ser o mesmo".

Saturday, May 07, 2011

Caminho para a compreensão da ciência.

O homem é um ser natural, isto é, ele é um ser que faz parte integrante da natureza, não poderíamos conceber a conjunto da natureza sem nela inserir a espécie humana. Ao mesmo tempo em que se constitui um ser natural, o homem diferencia-se: para sobreviver ele precisa se relacionar com ela, que dela provêm às condições que lhe permitem perpetuar-se enquanto espécie. A ação humana não é apenas biologicamente determinada, mas se dá principalmente pela incorporação das experiências e conhecimentos produzidos e transmitidos de geração a geração; a transmissão dessas experiências e conhecimentos – por meio da educação e da cultura – permite que a nova geração não volte ao ponto de partida da que a precedeu.

A atuação do homem diferencia-se da do animal porque, ao alterar a natureza, por meio de sua ação, torna-a humanizada; em outras palavras, a natureza adquire a marca da atividade humana. Ao mesmo tempo, o homem altera a si próprio por intermédio dessa interação; ele vai se construindo, vai se diferenciando cada vez mais das outras espécies animais. A interação homem-natureza é um processo permanente de mútua transformação.

É o processo de produção da existência humana porque o homem não só cria artefatos, instrumentos como também desenvolve idéias (conhecimentos, valores, crenças) e mecanismos para sua elaboração (desenvolvimento do raciocínio, planejamento...) A criação de instrumentos, a formulação de idéias e formas específicas de elabora-los – características identificadas como eminentemente humanas – são fruto da interação homem-natureza. O processo de produção da existência humana é um processo social; o ser humano não vive isoladamente – ao contrário, depende de outros para sobreviver. Há interdependência dos seres humanos em todas as formas da atividade humana; quaisquer que sejam suas necessidades – da produção de bens à elaboração de conhecimentos, costumes, valores... elas são criadas, atendidas e transformadas a partir da organização e do estabelecimento de relações entre os homens.
Na base de todas as relações humanas, determinando e condicionando a vida, está o trabalho – uma atividade humana intencional que envolve formas de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida humana. Essa organização implica uma dada maneira de dividir o trabalho necessário á sociedade e é determinada pelo nível técnico e pelos meios existentes para o trabalho, ao mesmo tempo em que os condiciona; a forma de organizar o trabalho determina também a relação entre os homens, inclusive quanto à propriedade dos instrumentos e materiais utilizados e á apropriação do produto do trabalho.

Por sua vez, é a base econômica que determina as formas políticas, jurídicas e o conjunto das idéias que existem em cada sociedade. É a transformação dessa base econômica, a partir das contradições que ela mesma engendra, que leva à transformação de toda a sociedade, implicando um novo modo de produção e uma nova forma de organização política e social. Por exemplo, nas sociedades tribais (comunais) o grupo social organizava-se por sexo e idade para produzir os bens necessários à sua sobrevivência. Às mulheres e crianças cabiam determinadas tarefas e os homens, outras. Essa primeira divisão do trabalho, além de garantir a sobrevivência do grupo, gerou um conjunto de instrumentos, técnicas, valores, costumes, crenças, conhecimentos, organização familiar e outras. A propriedade dos instrumentos de trabalho, bem como a propriedade do produto do trabalho (a caça, o peixe etc) era de toda a comunidade. A transmissão das técnicas, valores, conhecimentos etc. era feita por meio da comunicação oral e do contato pessoal, diferentemente do que ocorre atualmente.

Já na Grécia Antiga, por volta de 800 AC, o comércio, fundado na exportação e importação agrícolas e artesanais é a base da atividade econômica - registra-se um nível técnico de produção desenvolvido ao lado de uma organização política, na forma de cidades-Estado. Na sociedade atual, além da divisão do trabalho cidade-campo, ocorre uma divisão entre os produtores de bens e os donos da produção.Os produtores não detêm a propriedade da terra, nem os instrumentos de trabalho, nem o próprio produto de seu trabalho são, em sua maioria, eles mesmos propriedade de outros homens.
Nessa sociedade, as relações estabelecidas entre os homens são desiguais, alguns vivem do produto do trabalho de outros, e a produção de conhecimento é desenvolvida por aqueles que não executam o trabalho manual.
As idéias, como um dos produtos da existência humana, sofrem as mesmas determinações históricas. As idéias são a expressão das relações e atividades reais do homem – estabelecidas no processo de produção de sua existência.Elas são a representação daquilo que o homem faz, da sua maneira de viver, da forma como se relaciona com outros homens, do mundo que o circunda e das suas próprias necessidades. Para Marx e Engels (1980, p.25-26) a produção de idéias, de representações e da consciência está em primeiro lugar direta e intimamente ligada á atividade material e ao comércio material dos homens – é a linguagem da vida real. [...] Não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência.

Dentre as idéias que o homem produz, parte delas constitui o conhecimento referente ao mundo. O conhecimento humano, em suas diferentes formas (senso comum, científico, teológico, estético etc.) exprime condições materiais de um dado momento histórico. A produção de conhecimento científico não é, pois, prerrogativa do homem contemporâneo. Quer nas primeiras formas de organização social, quer nas sociedades atuais, é possível identificar a constante tentativa do homem para compreender o mundo e a si mesmo, é possível identificar também, como marca comum aos diferentes momentos do processo de construção do conhecimento científico, a inter-relação entre as necessidades humanas e o conhecimento produzido: ao mesmo tempo em que atuam como geradoras de idéias e explicações, as necessidades humanas vão se transformando a partir, entre outros fatores, do conhecimento produzido.

Enquanto tentativa de explicar a realidade, a ciência caracteriza-se por ser uma atividade metódica. É uma atividade que, ao se propor a realidade, busca atingir essa meta por meio de ações passíveis de serem reproduzidas. O método científico é um conjunto de concepções sobre o homem, a natureza e o próprio conhecimento, que sustentam um conjunto de regras de ação, de procedimentos, prescritos, normatizados, dentro das regras, para se construir conhecimento científico.

O método não é o único nem permanece exatamente o mesmo, porque reflete as condições históricas concretas (as necessidades, a organização social para satisfaze-las, o nível de desenvolvimento técnico, as idéias, os conhecimentos já produzidos) do momento histórico em que o conhecimento foi elaborado.
Anna Paula Moreira.(Resumo de estudo).